domingo, 2 de janeiro de 2022

FELIZ VOCÊ NOVO!

 




FELIZ VOCÊ NOVO!


“Não desprezem os pequenos começos.” - Zacarias 4:10a (O Livro)

“A jornada de mil quilômetros começa com o primeiro passo.” - Rei Leão 3 – Hakuna Matata


Enfim, o ano começou pra valer! Hoje é o primeiro domingo do ano e amanhã a coisa vai ficar séria... Sabe aquela lista? Sim, aquela lista! A lista com as resoluções de ano novo. 

Claro que não estou aqui para cobrar resultados de ninguém! Se eu tiver que cobrar alguma coisa, será de mim mesmo, afinal “I´m king of procrastination” e com esse título, eu não posso ser fiscal de nada por aqui. 

De qualquer forma, quero refletir sobre as nossas resoluções de ano novo para, talvez, alcançar êxito e não ficar apenas nas intenções. 

Stephen Kanitz, consultor e mestre em administração, criou há alguns anos um neologismo: acabativa. Acabativa, para ele, significa “a capacidade de terminar aquilo que você ou outros começaram”. E talvez esse seja o segredo para a felicidade (tentarei falar sobre isso em outro momento), terminar aquilo que se começou ou, ainda, manter o hábito adquirido (afinal, penso eu, que para algumas coisas não existe “fim”, como, por exemplo, cuidar do corpo ou saúde). 

Outra coisa que muito acontece é desistir com as primeiras dificuldades. São as dores dos primeiros dias da academia, a fome homérica durante a dieta, o sono e olhos pesados para quem está começando o hábito da leitura e por assim vai... por isso, os passos e metas devem ser pequenos no começo. Não dá para fazer supino com 40kg no primeiro dia de academia ou correr 10km na primeira semana de treino. São "passos de bebê" (veja o filme “Nosso querido Bob”, comédia de 1991 com Bill Murray e Richard Dreyfuss, uma comédia leve e divertida) para quem está iniciando a jornada de superação para este ano. Ou seja, não se fruste ou despreze esses pequenos começos, dê seus primeiros, pequenos e cambaleantes passos, mas siga em frente.

Um outro princípio que podemos adotar é o chamado "princípio de Pareto" (princípio criado pelo economista italiano Vilfredo Pareto, ele viveu entre 1848 e 1923). Este princípio, também conhecido como "regra 80/20", afirma que 80% dos resultados são derivados de 20% das causas. Embora sua aplicação seja muito utilizada em empresas, é muito fácil colocar este princípio na vida pessoal.

Resumidamente, o que precisamos é um pouco de organização e dedicação para não dizer aquela velha frase que acaba com a sua lista: "não tive/tenho tempo"!  

Como você usa seu tempo? O que rouba o seu tempo? Redes sociais? Netflix? A procrastinação? 80% dos resultados dependerá de como você organiza e usa seu tempo!

Enfim, lembre-se de que cada passo importa, que precisa um pouco de disciplina e organização e que nada é tão satisfatório quanto alcançar os alvos.

FELIZ VOCÊ NOVO!

sábado, 1 de janeiro de 2022

ESBOÇO (2022)



ESBOÇO (2022)


“Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que leva a vida a parecer sempre um esboço.” - Milan Kundera, “A insustentável leveza do ser”


Primeiro dia do ano! Aquele dia que muitos elegeram para “fazer acontecer”! Intermináveis listas com promessas de emagrecer, cuidar do corpo, perdoar familiares, parar de beber ou fumar ou, ainda, abrir um negócio, ser mais atencioso com a família e, quem sabe, ser mais “espiritualizado”.

Acredito que o Kundera tem razão quando afirma que “a vida parece sempre um esboço”. Não há trailer ou prévia dos dias que virão. Claro que quem já está no palco há mais tempo, tem a vantagem da experiência, contudo, como em esquetes improvisadas, nunca sabemos como será a próxima cena, como se comportarão os outros atores, quais as personas que usaremos e tudo mais.

A brilhante escritora Lya Luft, que faleceu esta semana, em seu pequeno livro “Múltipla escolha” faz essa mesma comparação entre vida e teatro. Somos atores principais, coadjuvantes, diretores, espectadores, colaboradores ou, até mesmo, fazemos parte do cenário. E o maior problema, talvez, seja nos sentirmos tão falhos e despreparados pois “se falharmos, quem haverá de nos desculpar, de nos aceitar, onde nos encaixaremos, neste universo de exitosos, bem-sucedidos, ricos e belos? Pois não se permite o erro, o fracasso, nesse ambiente perfeito” (Múltipla Escolha da Lya Luft).

Como diria meu querido poeta Fernando Pessoa, “arre... estou farto de semideuses”!!!

Sim, vivemos um mundo de tantos “exitosos” e “semideuses” que nunca “levam porrada”! “Onde é que há gente?”, continua Pessoa no seu maravilhoso “Poema em linha reta”!

Bem, também tenho algumas metas e ambições para este ano. Sem dúvida, é uma benção planejar, prospectar ou sonhar... mas, quero um pouco de pé no chão. Se a vida é esboço, somos rascunhos!

“Múltipla escolha” significa, entre outras coisas, que há portas que se abrem e se fecham e que faremos muitas escolhas certas e erradas.

O que posso desejar, portanto, é que nos próximos atos, a gente possa sorrir mais e ter muito mais leveza pois, nunca sabemos o que vem depois!

FELIZ ATOS NOVOS!

POTINHO DE GRATIDÃO (FELIZ ANO NOVO)

 



POTINHO DE GRATIDÃO (FELIZ ANO NOVO)


Tem um antigo hino cantado ainda em nossas igrejas (históricas e um pouco mais tradicionais) chamado “Conta as Bênçãos” (CC 329). Vou colocar aqui a 2ª. Estrofe e o refrão:


Tens acaso mágoas, triste é teu lidar?
É a cruz pesada que tens de levar?
Conta as muitas bênçãos, não duvidarás,
E em canção alegre os dias passarás.

Conta as bênçãos, conta quantas são.
Recebidas da divina mão.
Uma a uma, dize-as de uma vez,
Hás de ver surpreso quanto Deus já fez.


Mágoas, tristezas, crise, tempos difíceis?


Sim, eu sei o quanto foi difícil! Sem dúvida, foi um ano difícil para mim, também! Em muitos momentos a aridez das circunstâncias, fez-me sentir como em um deserto. O fato é que “há tempo para todas as coisas” e alguns desertos são necessários. Contudo, o profeta Jeremias nos diz que apesar de tudo, precisamos lembrar, TAMBÉM, daquilo que dá ESPERANÇA!


Apesar da terrível tendência em nos fixar nos problemas e naquilo que deu errado, convido você a olhar o ano que passou de outra forma e “hás de ver surpreso quanto Deus já fez”...


Chegou a hora de “zerar algumas contas” e queimar algumas pontes!


Abra seu “potinho da gratidão”! Abra seu coração! 


Alegre-se com o que Deus tem feito em sua vida e pela benção que é estar vivo!


Livre-se das mágoas, peça perdão àqueles que você magoou e perdoe incondicionalmente!!!


Tenha esperança que 2022 será muito melhor!!!


Deus abençoe sua vida!!! 


FELIZ ANO NOVO!!!


Cláudio, Paty, Thalita e Samuca

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

UM AMIGO SECRETO, BEM SECRETO (26/30)

 

UM AMIGO SECRETO, BEM SECRETO

Por Samuel Queiroz* e Cláudio Regis


Férias! Ah, como é bom estar de férias! Finalmente, após fazer aquele monte de provas, posso ficar acordado até mais tarde, curtir os amigos e sem obrigação de acordar cedo.

E digo mais, adoro o clima de natal e as luzes dessa época.

O que mais gosto é estar junto da família na ceia de Natal. É sempre muito divertido pois trocamos presentes em nosso amigo secreto.

Como minha família é pequena, não tem muitas chances de tirar alguém muito diferente.

Meu pai, como todos os anos, anotou os nomes de todos e pediu para todo mundo pegar seu pedaço de papel com o nome do seu amigo secreto.

Peguei meu papel, li rapidamente apenas para assegurar que não era o meu próprio nome e guardei no bolso da bermuda que eu estava vestindo na ocasião.

Mas, vejam só, eu esqueci quem era meu amigo secreto e certo dia, mamãe nos convocou para ir ao shopping comprar todos os presentes.

Descobri que o bolso da bermuda estava furado e perdi o bendito papel.

Pânico!

Eu tinha pouco tempo para encontrar o papel onde estava o nome do meu amigo secreto e não queria que minha mãe soubesse que não lembrava o nome dele.

Pensei o quanto sou “cabeção” pois não consegui nem ao menos memorizar o nome.

O tempo estava passando eu revirei o meu quarto inteiro tentando encontrar aquilo que mais parecia uma agulha no palheiro.

Todos já estavam quase prontos para sair e eu, suando, continuava procurando. Parecia que um furacão tinha passado em meu quarto e eu já estava pensando na bronca que eu levaria por conta da bagunça.

Então, depois de muito procurar, lembrei de que logo após o sorteio, eu fui brincar na varanda e em seguida deitei na rede que ali estava.

- Será que poderia ainda estar na rede? Pensei eu…

Eu tinha poucos minutos. Minha mãe já estava com a chave do carro na mão e nos chamando para sair.

Como em um filme, meus pensamentos estavam acelerados e o meu corpo caminhava em “câmera lenta”. Então, chego na rede da varanda com um último fio de esperança e encontro aquele que tinha se tornado o “meu precioso”!!!

- Samueeeeeeel! Grita minha mãe, pois era a última chamada para todos saírem.

Finalmente, lembrei (ou será que descobri?) quem era meu amigo secreto e consegui comprar um presente bem maneiro.

Sabe quem era? Conto depois…



*Samuel Queiroz é um garoto de 10 anos que ama brincar, desenhar e tocar violão.
Tem tantos sonhos que ainda não decidiu o que quer ser
 quando crescer... por enquanto, ele só quer ser uma criança feliz!
Ah! Ele adorou dar ideias para este conto!

terça-feira, 30 de novembro de 2021

10 ANOS QUE ELE CHEGOU (25/30)

 

 


10 ANOS QUE ELE CHEGOU 



Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. - Salmos 127:3

 

 

Sabe quando um desejo arde em seu coração? Sabe quando uma minúscula centelha surge e toma conta de tudo?


Eu ainda era um adolescente... mas, inexplicavelmente, algo dizia em meu coração que eu seria pai de um menino que não teria meu DNA.


A partir disso, sempre esteve latente dentro de mim que, em algum momento, ele estaria comigo.


Posso até dizer que comecei a amar alguém que não existia. Um serzinho que só existia na minha mente e coração. Mas, sempre tive a plena certeza de que ele chegaria... de que Deus já tinha preparado sua vinda!


Muitos anos se passaram, casei, tive minha primeira filha, Thalita, e queríamos aumentar a família. Até mesmo a Thalita já pedia por um irmãozinho que ela já bem sabia que poderia “nascer do coração”. Todos nós orávamos pela vinda dele! 

Demos os primeiros passos em direção a adoção e em agosto de 2010 procuramos a Vara da Infância da cidade para fazer nosso cadastro e entrar na chamada “fila de adoção” (mal sabíamos que um ano depois ele estaria nascendo)! O processo de cadastro não é muito burocrático, mas uma vez na fila, não há como saber quanto tempo pode demorar pois depende de inúmeros critérios como cor (Infelizmente, alguns casais ainda colocam esse critério) sexo, idade desejada (por conta da idade da Thalita colocamos até 4 anos), se adotaria irmãos ou deficientes e, por fim, a disponibilidade da criança (há muitas crianças em abrigos que por vários motivos não são destituídas de suas famílias e isso impossibilita sua adoção).


Continuamos orando pela chegada do nosso menino, esperamos por um ano e três meses, até que na manhã do dia 25 de novembro de 2011, uma sexta-feira, Patrícia recebeu aquela ligação que tanto esperávamos... e disseram que ele tinha chegado! Naquela mesma tarde, teríamos que ir ao abrigo para conhecer o menino que foi prometido para nós.


Bom, algo raro aconteceu pois naquele dia e momento tinham 5 crianças, com menos de 7 meses, disponíveis para adoção e como era a nossa vez na fila, tínhamos o “direito” de “escolher” a criança. Agora, entendam nossa posição... não é como ir no supermercado ou feira e apertar uma fruta para saber se vamos levar para casa! Nosso filho amado, querido e sonhado estava lá! Estava nos esperando para nos adotar também! Confesso que foi um tanto tenso entrar em um enorme berçário e “procurar” por ele! Passamos por todas as crianças até chegar ao nosso querido. Ele estava dormindo e quando chegamos, ele abriu seus olhos e nos olhou como quem reconhece sua família e sorriu para nós. Momento mágico e único! Desde aquela primeira centelha, faísca divina, se passaram por volta de 2 décadas... meu coração estava dilatado e cheio de amor! Amor tão visceral e incondicional! Ele estava diante de mim!


Ainda, não podíamos levá-lo para casa pois depois da “escolha” teríamos que esperar para que o juiz da Vara assinasse o documento com a guarda provisória do nosso filho.


Estávamos felizes e ansiosos! Thalita não via a hora de conhecer seu irmãozinho... e poucos dias depois, exatamente no dia 30 de novembro, fomos, finalmente buscar nosso filho!


Hoje, completa-se 10 anos e nosso amor por Samuel só aumenta! Bendito seja Deus!

sábado, 27 de novembro de 2021

EU, ESCRITOR? (24/30)


 

EU, ESCRITOR?

 

"O segredo do escritor é anterior à escrita. Está na vida, está na forma como ele está disponível a deixar-se tomar pelos pequenos detalhes do quotidiano." - Mia Couto 

 

 

 

O alemão Thomas Mann, vencedor do prêmio Nobel de literatura de 1929 disse que “o escritor é um homem que, mais do que qualquer outro, tem dificuldade para escrever”.


Eis-me aqui, entre um gole de café e outro, tentando concatenar ideias! Juntar as palavras colecionadas e deixar-me levar pelos caminhos da escrita.


Às vezes, tenho impressão de que tudo parece um tanto óbvio. Ora, quero um pouco de originalidade, também! Inspirar-me nos gigantes do passado e na borboleta impressa na caneca de café.


Acredito que tenho um “crítico interno” muito rígido que sempre diz que tudo o que escrevo é um tanto “sem graça”! Neste tribunal, eu sou réu, acusador e juiz... e, ainda, não consigo sair desta condição. E confesso que há palavras presas em mim... palavras que não se desprendem porque temo dizê-las!


Certa vez li que para ser um escritor é necessário se assumir como escritor. Assumir que tem algo a dizer e que acredita que isso pode ser relevante. Ou seja, se olhar no espelho e entender que está diante de um escritor. E isso não significa que terá algum livro publicado ou que ganhará dinheiro com isso, mas que a escrita é algo latente em sua vida.


Enfim, EU SOU UM ESCRITOR!


Agora, dito em voz alta (ou escrito “CAPS LOCK”) parece um tanto “louco”.


- Olá, tudo bem? Meu nome é Cláudio Regis e entre inúmeras outras coisas, sou escritor!


Vixe! As mãos ficam até suadas! Fecho os olhos, paro um pouquinho o texto e tomo mais um gole de café...


...


Entendo que assumindo isso, assumo uma condição que não é inata... e, com certeza, ainda hesitarei em me colocar assim diante das pessoas! Contudo, meus queridos cinco leitores, quero dar o meu melhor enquanto for possível.


Seja como for, tentarei expor um pouco da minha alma para o mundo! Entendo que a vida não é feita de “linhas pontilhadas” que podemos apenas seguir... somos linhas tortas que se cruzam a todo instante e, acima de tudo, quero exaltar o Eterno pois, “porque dele, por ele e para ele são todas as coisas”!

IDEIAS PRÓPRIAS (23/30)



IDEIAS PRÓPRIAS (23/30)

“Não tenho vergonha de mudar de ideia, porque não tenho vergonha de pensar.” - Blaise Pascal 

 
 

 

Sempre faço questão de dizer o quanto sou ambíguo e contraditório. Na verdade, nunca fiz questão de ser “dono da verdade” ou “ter a última palavra”! Gosto muito de ponderar e conhecer todos os lados ou, como dizem, conhecer os “dois lados da moeda”.


A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, em um dos mais assistidos vídeos da história do TEDx, nos alertou sobre “o perigo de uma história única”. Histórias únicas são problemáticas porque contam apenas sobre um lado que com o passar do tempo tornam-se “verdades absolutas”, criando, assim, rótulos e estereótipos falaciosos. Eu, por exemplo, antes de morar no Nordeste, achava que “Caruaru” era o nome de uma feira e não de uma cidade (toda referência que eu tinha era o que passava na mídia televisiva).


Histórias únicas, ainda, são editadas conforme o interesse de quem narra. Ao se colocar várias histórias em uma única narrativa, acaba-se privilegiando alguns detalhes em detrimento de outros. Como disse o Antônio Biá (personagem fictício do filme “Narradores de Javé”), "uma coisa é o fato acontecido, outra é o fato escrito". E esse é o ponto... não existe isenção ou neutralidade em quase nada daquilo que chega até nós como “fatos”. Por isso, é bom dialogar com os discursos opostos.


Bem, minhas ambiguidades não significam que minhas convicções são fracas ou que sou relativista. Significa que estou aberto a ouvir e entender o outro, lembrando que tudo o que vejo, leio ou penso é sempre parcial. Portanto, amanhã posso mudar de opinião ou amadurecer outras ideias.