“Eu não busco a perfeição em
ninguém. Não quero que busquem isso em mim.” – Charlie Brown Jr.
Com 20 anos de atraso, finalmente
assisti o aclamado filme “Gênio Indomável”. Gostei muito do filme e, realmente,
quero assistir outras vezes.
Muitos dos diálogos entre Will
Hunting (Matt Damon) e Sean McGuire (Robin Williams) são maravilhosos porque
Sean consegue identificar o medo que há por trás da agressividade de Will.
Aspectos humanos, psicológicos e filosóficos permeiam os diálogos, mas tudo
isso de forma muito leve e que nos leva a refletir sobre a nossa própria vida.
Um dos vários pontos que comecei
a refletir foi sobre a “perfeição”. De como criamos expectativas irreais sobre
o outro e de como temos medo de decepcionar o outro. Ora, o que nos torna
humanos senão nossas imperfeições e, principalmente, nossas idiossincrasias.
O jeito que aquela pessoa fica
irritada, aquela frase falada de forma irônica, a piada contada pela enésima
vez, talvez o sotaque ou aquela risada “engraçada” que todos sabem que somente
sua... Tudo isso são “particularidades particulares” que nos atraem e que torna
o outro tão perfeitamente imperfeito.
Li, recentemente, que não
deveríamos ter medo de nos expor, pois para que haja liberdade, é necessário nos
abrir de forma plena. Então, entra-se novamente aquilo que comecei a falar.
Vivemos com tantas expectativas que temos medo de avançar em nossa intimidade.
Temos medo de mostrar quem realmente somos porque, simplesmente, não queremos
decepcionar o outro.
Relações e relacionamentos são
difíceis! Preciso, ainda, aprender muita coisa. De modo geral não crio falsas
expectativas em relação ao outro, por isso me zango pouco. Porém não consigo me
expor com tanta facilidade.
Uma pessoa, uma vez me perguntou
se era possível gostar de alguém sem conhecer seus defeitos... Respondi prontamente:
Claro, que sim!!! Quem não gosta de pessoas perfeitas!!!
Por fim, precisamos ser mais
honesto conosco. Vivemos com tantas “personas” em nossas vidas que acabamos
esquecendo quem somos apenas para satisfazer as expectativas do outro.
Minha viagem à ilha desconhecida
continua...

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