segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

IDIOSSINCRASIAS



“Eu não busco a perfeição em ninguém. Não quero que busquem isso em mim.” – Charlie Brown Jr.

Com 20 anos de atraso, finalmente assisti o aclamado filme “Gênio Indomável”. Gostei muito do filme e, realmente, quero assistir outras vezes.

Muitos dos diálogos entre Will Hunting (Matt Damon) e Sean McGuire (Robin Williams) são maravilhosos porque Sean consegue identificar o medo que há por trás da agressividade de Will. Aspectos humanos, psicológicos e filosóficos permeiam os diálogos, mas tudo isso de forma muito leve e que nos leva a refletir sobre a nossa própria vida.

Um dos vários pontos que comecei a refletir foi sobre a “perfeição”. De como criamos expectativas irreais sobre o outro e de como temos medo de decepcionar o outro. Ora, o que nos torna humanos senão nossas imperfeições e, principalmente, nossas idiossincrasias.

O jeito que aquela pessoa fica irritada, aquela frase falada de forma irônica, a piada contada pela enésima vez, talvez o sotaque ou aquela risada “engraçada” que todos sabem que somente sua... Tudo isso são “particularidades particulares” que nos atraem e que torna o outro tão perfeitamente imperfeito.

Li, recentemente, que não deveríamos ter medo de nos expor, pois para que haja liberdade, é necessário nos abrir de forma plena. Então, entra-se novamente aquilo que comecei a falar. Vivemos com tantas expectativas que temos medo de avançar em nossa intimidade. Temos medo de mostrar quem realmente somos porque, simplesmente, não queremos decepcionar o outro.

Relações e relacionamentos são difíceis! Preciso, ainda, aprender muita coisa. De modo geral não crio falsas expectativas em relação ao outro, por isso me zango pouco. Porém não consigo me expor com tanta facilidade.

Uma pessoa, uma vez me perguntou se era possível gostar de alguém sem conhecer seus defeitos... Respondi prontamente: Claro, que sim!!! Quem não gosta de pessoas perfeitas!!!

Por fim, precisamos ser mais honesto conosco. Vivemos com tantas “personas” em nossas vidas que acabamos esquecendo quem somos apenas para satisfazer as expectativas do outro.

Minha viagem à ilha desconhecida continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário