terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Quebrando a cara!


Não muito tempo atrás li um texto cujo título era “Vai quebrar a cara”.

De fato, a grande pergunta era: o que nos leva a seguir em frente, mesmo sabendo que vamos quebrar a cara?

Não tenho muitas referências mas tentarei refletir um pouco do que li naquela época.

O texto basicamente falava sobre viver nossas próprias histórias mesmo sabendo que poderíamos quebrar a cara optando pelo caminho que naturalmente não deveríamos escolher.

Beber ou comer além da conta, molhar-se na chuva, confiar em alguém não confiável e outras coisas mais... Ainda que sabendo das consequências, queremos vivenciar, experimentar, aprender algo que ainda não aprendemos. É como se houvesse uma necessidade de conhecer certas dores e depois reconhecer aquela voz irritante dentro de você dizendo “EU TE DISSE”.

O que nos torna tão humanos, sem dúvida, é essa capacidade de errar, de se surpreender e assim, também, crescer.

O que posso dizer? Já quebrei a cara algumas vezes!!! É certo que vou ainda quebrar mais vezes porque por mais que vivamos, ainda sentiremos as dores e os prazeres das nossas escolhas.

Confesso que por muito tempo tive medo e ainda tenho. Optei, muitas vezes, pelo caminho mais óbvio, fácil ou “natural”. Embora a consciência nos torne mais covardes (assista aqui), tentarei deixá-la de lado em alguns momentos ou pelo menos direi aos meus filhos que experimentem com mais paixão a vida.

Na próxima vez que eu quebrar a cara, eu conto aqui...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

IDIOSSINCRASIAS



“Eu não busco a perfeição em ninguém. Não quero que busquem isso em mim.” – Charlie Brown Jr.

Com 20 anos de atraso, finalmente assisti o aclamado filme “Gênio Indomável”. Gostei muito do filme e, realmente, quero assistir outras vezes.

Muitos dos diálogos entre Will Hunting (Matt Damon) e Sean McGuire (Robin Williams) são maravilhosos porque Sean consegue identificar o medo que há por trás da agressividade de Will. Aspectos humanos, psicológicos e filosóficos permeiam os diálogos, mas tudo isso de forma muito leve e que nos leva a refletir sobre a nossa própria vida.

Um dos vários pontos que comecei a refletir foi sobre a “perfeição”. De como criamos expectativas irreais sobre o outro e de como temos medo de decepcionar o outro. Ora, o que nos torna humanos senão nossas imperfeições e, principalmente, nossas idiossincrasias.

O jeito que aquela pessoa fica irritada, aquela frase falada de forma irônica, a piada contada pela enésima vez, talvez o sotaque ou aquela risada “engraçada” que todos sabem que somente sua... Tudo isso são “particularidades particulares” que nos atraem e que torna o outro tão perfeitamente imperfeito.

Li, recentemente, que não deveríamos ter medo de nos expor, pois para que haja liberdade, é necessário nos abrir de forma plena. Então, entra-se novamente aquilo que comecei a falar. Vivemos com tantas expectativas que temos medo de avançar em nossa intimidade. Temos medo de mostrar quem realmente somos porque, simplesmente, não queremos decepcionar o outro.

Relações e relacionamentos são difíceis! Preciso, ainda, aprender muita coisa. De modo geral não crio falsas expectativas em relação ao outro, por isso me zango pouco. Porém não consigo me expor com tanta facilidade.

Uma pessoa, uma vez me perguntou se era possível gostar de alguém sem conhecer seus defeitos... Respondi prontamente: Claro, que sim!!! Quem não gosta de pessoas perfeitas!!!

Por fim, precisamos ser mais honesto conosco. Vivemos com tantas “personas” em nossas vidas que acabamos esquecendo quem somos apenas para satisfazer as expectativas do outro.

Minha viagem à ilha desconhecida continua...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Janelas



Depois de alguns dias doente, confesso que não estava muito a fim de escrever... sempre sofri para colocar meus pensamentos para fora, mesmo escrevendo, fico pensando, repensando, elucubrando, repensando, pensando...

Bom, não é essa a ideia do post.

Ontem, em algum momento do dia, lembrei-me da Janela de Johari e sobre como as nossas relações interpessoais afetam e são afetadas por aquilo que sabemos, ou não, sobre nós e sobre o outro.

O mais interessante é que expliquei isso para minha filha de 11 anos e ela adorou a ideia...

De qualquer forma, o que a Janela mostra é que precisamos nos conhecer mais... mas que não é possível fazer isso sozinho!!! Precisamos justamente do outro para ampliar os “quadrantes” que interessam...

Assim, impossível não se lembrar da sabedoria bíblica que diz “é melhor serem dois...”. Sempre penso nisto como aqueles que são grandes amigos (e quero falar sobre amizade em algum post, ainda).

Para ampliar o conhecimento que temos de nós mesmos, precisamos do feedback das pessoas que nos relacionamos e vice versa. É uma espécie de “teoria dos jogos” aplicada à vida... Quanto aquilo que está mais profundamente oculto, outras coisas são necessárias, mas isso é assunto para outro dia!!


Um grande abraço!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O conto da ilha desconhecida



Nobel de Literatura em 1998, o escritor português José Saramago escreveu um pequeno livro chamado “O Conto da Ilha Desconhecida”.

Resumidamente conta a história de um homem vai ao rei e lhe pede um barco para viajar até uma ilha desconhecida. Apesar de todos saberem que não há qualquer ilha desconhecida, o homem insiste até conseguir sua embarcação. O homem tem por companhia uma mulher que trabalhava no castelo. Esta, assim como o homem, anseia sair da tão conhecida ilha e viajar até a “ilha desconhecida”. Apesar de muitas condições contrárias e tendo apenas a mulher como tripulação, o homem segue atrás do seu sonho. No final, eles dão ao barco o nome de Ilha Desconhecida.

O livro é uma grande metáfora, uma parábola da vida!

A frase que mais chama a atenção, e muito postada nas redes sociais é: “Se não sais de ti, não chegas a saber quem és(...). Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós.”

A busca da ilha, e eis a metáfora, é a luta pelo autoconhecimento!! O mar é tão somente os obstáculos, então precisamos de um barco e uma “tripulação” que na narrativa é apenas a mulher. Significa que são poucas as pessoas que podemos contar para ir atrás de nossos devaneios, sonhos e objetivos.

De fato, às vezes, precisamos nadar contra as correntes para decifrar aquilo que está dentro de nós. Conhecer nossa real natureza e fraquezas. Enfrentar o fato de que sou além de inadequado, sou perfeitamente imperfeito.

Tanto o homem quanto a mulher da narrativa, não eram marinheiros. Eles tinham um barco e um sonho, nada mais! Tiveram que aprender no caminho a suportar todas as dificuldades.

Durante o ano de 2016, passei por um processo de “saída da ilha”. Enxerguei coisas muito boas e, também, terríveis!!! Muitas das minhas metas e ambições para este ano baseiam-se nestas descobertas... Permiti-me sair da ilha! Enxergar o todo! Entendi que há muitas ilhas desconhecidas dentro de mim e a jornada está apenas começando.


Um grande abraço!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Aceito que errei!!


Aceito que errei...


Talvez o fator mais transformador que possa existir é entender que erramos.

Sim... admitimos erros todos os dias, mas insistimos em certas coisas que não nos levam a lugar nenhum...

Entendo Davi, o rei veterotestamentário!  Admitir culpa é para os fortes!

Virar o calendário, não significa muita coisa... "resoluções de ano novo" são ilusões... Ilusões porque é muito difícil adquirir novos hábitos... mais difícil ainda é abandonar velhos hábitos!

Resolvi ter poucas metas para 2017. Mas são metas plausíveis. Creio que vale a pena!!!

Sobre as metas, talvez eu possa comentar depois... não tenho pressa sobre algumas delas. Apenas preciso de disciplina e constância. O resto virá com o tempo!

Pretendo, aqui, manter o lembrete de onde quero chegar e os caminhos que não quero mais seguir... ter leitores não é meu objetivo, no momento. Por isso o nome "Solilóquios"... Mas se chegou até aqui, bem vindo aos meus delírios!

domingo, 1 de janeiro de 2017

FELIZ ANO NOVO!!!





Dia de preguiça!

Mas de muitas reflexões!

Não sou fã da Isabela Freitas pois ela é a típica representante da geração descrita por Zygmunt Bauman quando fala das "relações líquidas"!!!

Mas pensando bem... precisamos nos desapegar de certas coisas, sejam eles conceitos, hábitos e, com muito cuidado, pessoas!!!

Minha conclusão é que podemos transformar tudo isso em totens ou ídolos em nossas vidas!!

Portanto, se queremos um novo ano (nova vida), antes de mais nada, precisamos nos desapegar dos velhos totens, ídolos e "vacas sagradas" que carregamos em nossos corações.

Exercício difícil! Mas necessário!

Desejo um ano novo de verdade!!

Que 2017, realmente não seja uma repetição dos anos anteriores!

O conselho que dou para mim mesmo: limpe as gavetas, desapegue-se desse monte de "lixo" que não serve para nada mas que ocupa espaço demais na sua vida!!

Feliz Ano Novo!!!

Feliz Blog Novo!!!

Feliz Você Novo!!!