quinta-feira, 14 de setembro de 2017

MINHA OPINIÃO SOBRE O QUEERMUSEU


Parafraseando a suposta frase de Voltaire: Posso não concordar com o que você diz, posta ou chama de “arte”, mas defenderei o seu direito de dizer, postar ou manisfestar sua arte!!!

Pois bem, farei uma breve manifestação sobre o quiproquó gerado pela exposição “queermuseu”.
Depois de ler algumas coisas tanto dos defensores como dos detratores da polêmica exposição, formei, claro, uma opinião pessoal sobre o assunto.

Por força da minha formação, estudei um pouco de História da Arte e, obviamente, aprendi os conceitos básicos do que chamamos “arte”.

O que é arte? Segundo o Wikipedia é a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens, tais como arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança, teatro e cinema, em suas variadas combinações. O processo criativo se dá a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias, objetivando um significado único e diferente para cada obra.

Ora, bem vemos que a manifestação artística é bem ampla e a percepção do que é, ou não, pode-se mudar de acordo com cada indivíduo ou grupo.

Tem gente que gosta de música clássica, eu gosto de rock, mas, pasmem, tem muita gente que gosta de “funk carioca”, rs. Ou seja, a arte também passa pelo gosto pessoal de quem a consome (haveria um outro debate sobre essa questão do “consumo”).

Voltando às minhas aulas de “história da arte”, lembro que, para nós adolescentes, o chamado “dadaísmo” era o que mais causava estranheza e riso... quem não lembra da famosa “escultura”, de Marcel Duchamp, chamada “A fonte” (um urinol comum, branco e comprado em uma loja de de construção). Então entendemos que a arte, ainda que conceitual, é um campo vasto para múltiplas manifestações e interpretações.

Mas vamos às minhas parcas “opiniães” (como diria Guimarães Rosa):

1. Sou contra quaisquer tipos de censura. Seria hipócrita de minha parte defender meu direito de expressar minha opinião (ainda que recebendo as devidas “porradas”) e excluir o direito do outro.

2. Faltou bom senso tanto do curador quanto do Banco apoiador. Lembro que quando íamos às locadoras de vídeo existia um lugar à parte com os vídeos para maiores. Ali existia uma placa dizendo que era proibida a entrada de menores e quais os tipos de filmes estavam lá. Uma classificação do tipo de “arte” que estaria lá, já evitaria 99% da polêmica causada. Vejo como degradante e sem propósito este tipo de “arte”, mas vê quem quer! Quanto às crianças, elas nem deveriam passar por lá!!! Nem preciso falar que certas situações retratadas poderiam se enquadrar, talvez, no código penal.

3. Dói saber que foi utilizado dinheiro público para isso. Um banco privado que tem lucros bilionários não precisa de dinheiro público para promover esse tipo de “arte”. Acredito que o banco possa gastar seu dinheiro como bem entender, assim como eu gasto o meu. Mas fico P. quando vejo dinheiro público indo para o ralo mais uma vez.

4. Sou a favor do boicote! Já que faltou bom senso, esteja preparado para as reações contrárias (sempre esperando que seja no campo das ideias). Tenho o direito de sentir-me ultrajado, enojado, desrespeitado e roubado (olha o dinheiro dos meus impostos). O banco perdeu muitos clientes e recebeu zilhões de críticas contrárias e isso faz parte do jogo. Institucionalmente, perderam muito mais... Isso fará que pensem duas vezes antes de apoiar qualquer coisa.

5. Tem um princípio muito básico no marketing: defina seu público alvo e as personas. Isso serve para muitas coisas. Serve para o comércio, para a indústria, para um evento, para uma palestra e, claro, para uma exposição.

6. E por fim, quero dizer que o que vi nas poucas obras divulgadas não está longe do que já se vê na programação diária da TV aberta que muitos assistem todos os dias.

Sou um cara que gosta de ideias! Eu posso mudar de opinião a qualquer momento (basta me convencer). Veja, para mim, a exposição, no formato que seguiu, foi totalmente desnecessária. Entendo que são obras que já circulam por aí há 20, 50 ou 100 anos... Mas faltou razoabilidade e, principalmente, responsabilidade!

Arte, eu sei, pode provocar e nos tirar de “zonas de conforto”. A arte pode gerar reflexão e até mesmo algum tipo de libertação (de preconceitos, de ideologias, de crenças limitantes...), mas só é possível esse efeito se, de alguma forma, gerar um mínimo de simpatia.

Um grande abraço a todos!

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