domingo, 7 de novembro de 2021

LIÇÕES DA PANDEMIA (7/30)


LIÇÕES DA PANDEMIA (7/30)

Ouçam agora, vocês que dizem: "Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro".
Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.
Ao invés disso, deveriam dizer: "Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo". - Tiago 4:13-15

1. A vida é breve e tudo pode mudar em instantes. O poeta e escritor britânico Oscar Wilde disse, certa vez, que “viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”. A brusca parada de nossos afazeres e o afastamento social nos fez refletir sobre a importância da própria vida. O autor do livro de Eclesiastes disse que “há tempo para nascer e tempo para morrer”. O dia que nascemos já passou, mas quanto tempo ainda resta? Agostinho de Hipona disse que só existe um tempo, o presente: o presente da memória (daquilo que passou), o presente da expectativa (um futuro que não existe ainda) e o presente “agora” (percepção do que está acontecendo). Portanto, viva! 

2. A saúde mental é muito importante. Cuidar do corpo e da higiene é importante. Mas, bem sabemos que com a pandemia, vieram os transtornos de ansiedade, o pânico, a angústia, a tristeza, a raiva, a sensação de impotência e o burnout. O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han cunhou a expressão “sociedade do cansaço” que, resumidamente, fala de uma sociedade “viciada” em performance e em alto desempenho. Já estávamos vivendo uma crise, neste sentido, antes da pandemia. As coisas só despencaram mais. Desse modo, cuide do corpo, mas avalie seriamente sua saúde mental. Caso seja necessário, busque ajuda profissional. 

3. Precisamos valorizar mais nossos amigos e familiares. O isolamento social trouxe como consequência a privação de nossos encontros. Seja com familiares ou com amigos próximos. É inegável o quanto isso afetou a convivência, de modo geral. Os mais velhos, por fazerem parte do grupo com maior risco de contaminação e morte, foram os que mais sofreram com isso. E, infelizmente, muitos ainda adoeceram e partiram. Aparentemente, as coisas estão melhores. Boa parte da população já está vacinada e com isso os encontros já estão acontecendo de forma um pouco mais natural. Acredito que em muitas famílias teremos um belo reencontro neste próximo Natal. Esteja perto de quem você ama. Abrace, sempre, como se fosse a última vez. 

4. Home office não é de Deus! Desculpem-me os adeptos desta modalidade de trabalho, mas trabalhar remotamente, para mim, é o fim.

5. Apesar de tudo, temos gratas surpresas. Seja o casamento de alguém, o nascimento de um bebê ou até mesmo conhecer um novo amigo para compartilhar afinidades ou transformar “alguns minutos” em algo peculiarmente eterno. Gosto de uma frase da escritora Viviane Andrade: “Há flores no meu caminho. Elas estão por toda parte. Porém invisíveis aos olhos apressados pelo cotidiano. Ao ver flores no caminho o barulho da rotina faz silêncio e é possível escutar os pássaros louvando à vida.”. Há flores no caminho, há pássaros cantando e borboletas voando. 

6. Deus continua sendo Deus! Entenda o seguinte, não é problema questionar Deus, ou, ainda, orar jogando sobre Ele a raiva, a frustração, o seu lamento ou tristeza. Muitos homens fizeram e fazem isso! Jó, Jeremias, Habacuque e muitos outros. O Apóstolo Paulo até recomenda aos manos de Filipos que ao invés de andar inquietos ou ansiosos, façam com que Deus conheça suas petições através da oração, súplica e ações de graça. Quando oramos, citando mais uma vez o C.S. Lewis, não mudamos Deus, mas mudamos a nós mesmos! Ore e confie! Os “pontos serão ligados” de alguma forma. 

Não é uma lista exaustiva. Na verdade, parece que é até um tema bem recorrente, visto que aprendemos lições a cada dia. Se possível, comente dizendo algo que você aprendeu nesta pandemia. 

Beijo para quem é de beijo e abraço para quem é de abraço.

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