USANDO BORBOLETAS
“A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
(...)
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.”
- Manoel de Barros
Para Manoel de Barros, “ser Outros” era sair do casulo. Sair da rotina. Se aventurar em prosas e poesias tornando-se tão “Outro” quanto podia. Não aceitava ser apenas aquele sujeito que mantém aquela rotina de todos os dias. Ele precisava se “metamorfosear” de alguma forma.
Fernando Pessoa, talvez tivesse a mesma sensação de incompletude e por isso criava tantas “almas” quanto possível. Dizia ele:
Talvez ser “outro” seja apenas ser você mesmo! Apenas sair de sua caverna ou casulo... enxergar, como disse o Saramago, a ilha saindo da ilha.
Confesso que ando um tanto cansado! Já é tarde... mas, “não quero ser apenas um sujeito que abre portas, (...) que olha o relógio” para entrar ou sair de casa todos os dias, de sol a sol... pois, já dizia Salomão, “isso nada faz sentido”.
Sei que estou “viajando”! Mas, a borboleta me renova e me permite ser outro.

Nenhum comentário:
Postar um comentário